Capitulo 30 – Falar na linguagem das flores – Fanfiction – “The Dark Vampire”

Em suas mão tinha uma pequena margarida, que olhando-a atentamente achava que muito tinha em comum com Kimi, na sua linguagem a margarida representava a juventude, a sensibilidade, virgindade, amor inocente, Kimi era como essa flor e Kaname apenas a queria conservar no seu jardim de forma a que ela não morresse, mas tornava-se difícil não conseguir tirar todo o proveito da beleza da pequena Kimi, era impossível esquecer o toque macio da sua pele branca, o perfume dela, os seus olhos azuis que brilhavam sempre que o viam, os seus belos e longos cabelos loiros que pareciam uma seara, tinha a plena consciência que a lhe estava a esconder algo muito importante, mas não a queria magoar, apesar de saber que ela confiava plenamente nele, naquele amor inocentinho que ela tinha por ele, era a melhor forma de definir o amor que ela sentia por ele, um amor inocente, mas era assim que o próprio Kaname gostava dela, dessa maneira tão inocente, tão pura, ao contrário dele que mesmo que se deixava levar por pensamentos perversos, mas era ela que o atentava com a sua ingenuidade, não podia estar perto dela para algo lhe vir á cabeça, mas era impossível estar longe dela. De facto Kuran não podia ser um melhor apelido para ele, já que orquídeas representavam a sexualidade, amor, desejo, luxuria  e perfeição. Todas estas palavras incorporavam muito bem o belo ser que Kaname era e não tinha nenhuma vergonha em o afirmar.

Mas pensar em flores não era de todo o melhor para passar o seu tempo, saiu do alojamento da lua e pelo caminho arrancou uma rosa vermelha do jardim como sempre fazia, passou discretamente por Yuka e Zero que conversavam com Kaito, nem notando a passagem de Kaname por lá, no fim estava em frente á porta do quarto de Kimi, tinha certeza que ela estava sozinha, pois tinha visto Yuka lá fora, bateu á porta, e rapidamente esta se abriu, Kimi desta vez ainda se encontrava acordada, logo a abraçou, como uma criança que morria de saudades.

_Kaname! Que bom que vieste, entra.

Puxado por Kimi e guiado ao interior do quarto, via que tudo permanecia igual, sua cama cheia de peluches e chão coberto de livros.

_Porque achas tão bom eu ter vindo Kimi?_ Perguntava num tom sedutor, com um olhar dócil e meigo, enquanto Kimi corava olhando para Kaname.

_Porque… porque eu gosto da tua companhia.

_Só da minha companhia?

_Eu gosto de ti, fico feliz quando vejo uma rosa pousada em cima da mesinha de cabeceira e sei que foste tu que viste cá, eu fico a pensar em ti quando não te vejo, porque quero estar contigo, eu gosto de ti.

_Sempre tão sincera a minha Kimi, é assim que gosto de ti. És a pessoa mais importante da minha vida, então eu te quero bem próxima a mim.

_Mas eu já estou bem próxima de ti.

Kimi dizia, sentindo o abraço aconchegante de Kaname, o olhar dele observando-a atentamente, arrepiava-se ao sentir as mãos dele entrarem pela sua blusa num toque tão sedutor, tão conseguia fugir daquele abraço tão forte que a prendia, junto com um beijo demorado que deixava seu coração acelerado, seus olhos pareciam pedir para ele parar, mas num momento tão propicio Kaname não teria piedade da Kimi, iria-lhe mostrar um amor muito menos inocente bem provocativo e ousado.

Mas para seu azar, alguém abriu a porta e Kimi logo se afastou de Kaname, ainda nervosa e tímida.

_Yuka que bom que chegas-te estava á tua espera?

_Á minha espera? Porque?

_Kaname não está a ficar tarde para ti? Acho melhores ir depois nos falamos_ Dando um pequeno beijo no rosto dele.

Kaname acabou por ceder e sair do quarto não muito satisfeito, começava a achar que também teria de fazer um plano para não ser interrompido quando estava com Kimi.

_Yuka eu tirei fotocópias ás minhas anotações da aula, para ti e para o Zero, mas é se quiseres claro.

_Claro que sim, obrigado Kimi.  Logo de manhã vou entregar ao Zero.

_Ainda bem que pude ser útil.

_Ei aquele rapaz, o Kaname ele estava a tentar aproveitar-se de ti, não estava.

_Não é bem aproveitar-se é apenas a maneira de dizer que gosta de mim.

_Mas parecias não estar muito á vontade com ele.

_Eu não sei, eu gosto dele, mas eu  não sei.

_Não sabes o quê? Achas que ele está a ir longe de mais, Kimi tu nunca fizeste sexo com ele e estás com medo?

_Quem te vê a falar até parece que somos boas amigas.

_ Se estás com medo fala com ele para ir com mais calma, ele parece entender-te.

_Tu e o Zero também falam disso.

_Nós não precisamos_ Yuka disse cobrindo-se com o cobertor, não dizendo mais nada.

Kimi não insistiu e decidiu voltar para a sua cama, encontrou a rosa que o Kaname lhe tinha trazido no chão, já com algumas pétalas soltas, apanhou com delicadeza, pousando-a com todo o cuidado em cima da mesinha de cabeceira, como ele sempre fazia quando ela estava a dormir, pensou para si mesma “rosa vermelha significa amor ardente é isso que me queres dizer Kaname?”