Capitulo 63 – Reflexos de sangue – Fanfiction -“The Dark Vampire”

Entrando no quarto encontrou Yuka já de pijama com as pontas do cabelo húmidas, ajeitando a almofada na cama, tão distraída que nem deu por Zero entrar.

Ainda que de costas para Yuka deu-lhe um abraço silencioso, longo, tão estranho, que parecia faltar algo, mesmo assim Yuka deixou-se envolver por aquele abraço, tão meigo e preocupante.

_Desculpa não era minha intenção adormecer, nem precisavas de me carregar.

_Não tens de te desculpar, ficas tão bonitinha a dormir.

_ Que se passou com Kaito?

Sentada na cama afagava o cabelo cinza de Zero, que se encontrava deitado, repousando a sua cabeça no colo de Yuka.

_ Nada de especial, apenas estava de mau humor.

_Tive a leve sensação que não era só isso.

_ Ele anda pensando demais, deve ter apanhado uma grande dor de cabeça.

_Pensando demais? No quê? _ perguntou curiosa Yuka.

_Coisas…._ pegou na mão de Yuka estalando um leve beijinho_ Posso dormir aqui?

_Ainda precisas perguntar?_  deu um sorriso marota bagunçando o cabelo de Zero.

_ Então posso dormir assim?

Ainda continuava deitado no colo de Yuka,  e queria era mais ficar assim.

_ eu não sou a tua almofada!_ retorquiu Yuka .

_E  eu te carreguei o caminho todo, não mereço uma compensação?

Yuka deu um beijo nos lábios de Zero sem se desfazer de um sorriso gentil.

_ esta é a tua compensação_ deu uma pausa engolindo a seco _ amar-te muito

E afastou Zero para o outro lado a cama,  deitados virados um para o outro olhavam-se mutuamente, até adormecerem …

Kimi e Kaname acordaram sobressaltados com a mãe de Kimi que entrara desaforada pelo quarto, sem qualquer gentileza ou permissão.

_Já não são horas de ir para a academia? Eu não trabalho para sustentar uma filha preguiçosa, ainda para mais que partilha a cama com um  homem, se o teu pai visse….

_O pai dela não disse nada, então não vejo problema._ Kaname argumento ajeitando a camisa em seu corpo.

_Isso porque ele não vê nada, e deixa a filha ser mimada demais, depois dá nisto!

_E é a senhora que quer tirar os mimos á Kimi, isso não é ciúmes da sua própria filha?_ perguntou friamente apertando o cinto das calças.

_Claro que não!_ resmungou de imediato_ E tu nem sequer devias estar aqui, vai embora!

_Fica tudo bem se eu for?_ perguntou Kaname levantando-se, olhando Kimi com preocupação.

Kimi acenou que sim com a cabeça, ainda sem a real certeza, deu um leve e tímido beijinho em Kaname, esperando que ele saísse.

_ Ainda é cedo não percebo porque tenho de ir já para a academia.

_Isso foi só um desculpa, não tens vergonha de andares a dormir com um rapaz antes de te casar?

_Não, se não fiz nada de mal, ao contrario da mãe que queria trair o papá com o meu namorado_ a sua voz continuava calma ainda que estivesse a acusar a sua mãe

_  Para de dizer besteiras! Não entendes que o que fiz foi por ti.

_Não entendo não, isso só me iria prejudicar.

_Prejudicar? Era bom que entrasses na night class estar numa turma de elite era a porta para entrares numa das melhores universidades de Inglaterra.

_ O quê? Eu não vou para Inglaterra, eu não vou deixar Kaname! Eu não vou sair daqui!

_Ouve menina, quem manda sou eu, e tu vais estudar numa universidade em Inglaterra, não importa se deixares o Kaname á muitos outros rapazes.

_Não…. Não há eu não posso deixa-lo, eu não vou!_ As lágrimas começavam a cair lentamente pelo seu rosto ainda sem poder acreditar no que a sua mãe dizia.

Parecia uma birra de criança, mas Kimi tinha as suas razões para negar o que a sua mãe disse.

Pegou pela mão da  sua filha colocando-a em frente ao espelho, mesmo que esta não parasse de chorar, encostou-se junto dela, com um olhar felino.

_Eu sei que tu consegues_ disse num tom mais calmo_ porque tu és igual a mim.

Kimi olhou-se no espelho aqui que lhe foram ditas aquelas palavras como um sopro de vento.

_Não, eu não sou igual á mãe_ Disse tentando negar, não ela não era mesmo igual á sua progenitora.

_és sim_ Agarrou pela face da menina com brutalidade_ vê bem, não á que negar, olha como és parecida comigo, os teu olhos, a teu cabelo, a tua face, tudo! _ soltou a menina para sair do quarto mas antes de a abandonar ainda afirmou_ tu és igual a mim, então vai ser fácil largar o Kanamezinho _ deu um sorriso totalmente maléfico, batendo a porta do quarto, Kimi ficará totalmente solitária….

Olhou-se mais uma vez ao espelho, vendo a sua imagem refletida, não queria ser igual á sua mãe e tinha raiva ao olhar-se e perceber que tinha muitas parecenças com ela, pegou num caixilho que continha uma fotografia de falia e num impulso selvagem atirou-o contra o espelho.

O som dos vidros a quebrar-se entoou-o por toda a casa junto com um leve aroma a sangue, Kaname foi o primeiro a perceber, aquele cheiro não o enganava era o sangue de Kimi, levantou-se da mesa de onde almoçava junto do pai de Kimi, e desapareceu….

Entrou desesperadamente pelo quarto da menina encontrando-a caída no meio da vidraça quebrada, ensanguentada e num choro silencioso….