Capitulo 68 – O conselho sábio de um inimigo – Fanfiction – “The Dark Vampire”

Yuka nunca apareceu nas aulas naquele dia, e Zero  mesmo não entendendo bem sabia que isso era o motivo daquela discussão.

Algo tão parvo mas que teve um grande impacto na maneira de Yuka ver as coisas, mesmo que fosse ciúme, desilusão, ou qualquer outra coisa, Zero não permitiria que as coisas ficassem desse jeito, era a sua garota amada, não ia ser por um mal entendido que iria deixar que Yuka parasse de falar com ele.

No final da aula, pegou nos seus livros e ia saindo quando Kaito chamou por ele, parou pousando novamente os seus livros.

_Yuka, não veio á aula, houve algum problema?

_eu não sei bem, acho que está chateada comigo_ Zero disse sombriamente encostando-se á mesa.

_Dá-lhe flores isso passa-lhe, tenho certeza, mulheres gostam dessas coisas.

_Tás a gozar a Yuka nunca iria-se comprar por umas flores_ parou um pouco meditando_ mas bem que ela ficou feliz com aquela flor de papel…

_Shii uma flor de papel não é nada um ramo é bem melhor, ficas perdoado logo na certa.

_Mas eu não fiz nada de errado.

_Eu acredito em ti, mas pelos visto ela não, então vai e compra um ramo de rosas ou outra flor bonita e entrega-lhe. E resolve o problema de uma vez.

Talvez Kaito tivesse razão, mesmo assim existia a probabilidade de cometer algum erro, bem um ramo de flor não devia fazer grande mal.

Mas ainda tinha que fazer o trabalho de monitor, assim não teria tempo! Yuka com certeza não iria, ainda queria estar com ela hoje  e não no dia seguinte, mesmo que custasse só existia uma coisa a fazer.

Falar com o diretor.

Kaien Cross uma pessoa amável, que sempre aprova qualquer ato de amor, de mostrar os seus sentimentos, não negou o pedido de Zero,  deu permissão a Zero para sair da academia ficando o próprio Diretor a cargo da monitoria, sabia que Yuka era a chave para Zero se manter vivo e de uma certa forma alegre, faria qualquer coisa por aquele menino que para ele era um filho.

Zero facilmente encontrou uma pequena florista, olhou na montra sem saber o que tipo de flores haveria de comprar, a senhora muito gentil lhe ofereceu ajuda, pegou uma ramo de tulipas brancas, com pelos raios rosa, a senhora envolveu as flores num laçarote vermelho entregando a Zero, que saiu da sua lojinha ainda olhando as flores desconfiando se isso seria o suficiente, pelo menos que desse para trocar algumas palavras com Yuka, dizer-lhe que no fim não estava chateada com ele.

Era a primeira vez que Kimi via Yuka tão entristecida que nem tinha o atrevimento de lhe perguntar o que se tinha passado e de alguma parecia compartilhar da mesma tristeza, ainda pensava no que se tinha passado de manhã, porque Kaname não estava com ela? Era dele que precisava e de mais ninguém, mas ele não estava, estaria a fazer algo mais importante duque a companhia da sua namorada?

Nem ouviu baterem á porta porém Yuka ouviu.

_Deixa Kimi eu vou abrir a porta.

Assim que abriu a porta ficou surpreendida ao ver Zero segurando uma ramo de tulipas, ainda pensou em fechar a porta mas Zero a travou ainda antes, como se lesse os seus pensamentos, não podia negar que Zero já a conhecia demasiado bem.

_ Zero porque estás aqui? Não tens mais nada para fazer?

_Yuka temos que falar, eu trouxe flores, mas acho que não era necessário.

_Claro que não! Eu não quero nada vindo de ti!_ Yuka negava-se a si mesmo ainda focada nas flores elas eram mesmo bonitas.

_ Espera!_ Zero agarrou-lhe pelo braço, ainda tinha que se justificar, e ouvir o que ela tinha para dizer, mas a verdade é que Yuka não queria saber, acabou pontapeando Zero no meio das pernas como já uma vez tinha feito. Zero lentamente soltou o seu braço.

_Agora desampara-me a  loja!_ Yuka disse fechando a porta, ficando encostada á porta, ouvindo os passos lentos de Zero se afastarem, deu um suspiro longo.

Tornou a abrir a porta, Zero não estava lá mais, mas o ramo que ele tinha trazido continuava lá pousado no chão, pegou delicadamente dele, olhando um pequenino bilhete com a  letra distorcida mas ainda possível de ler “vou ficar á tua espera poderás ver-me da janela”. Ele não podia estar a falar a sério, nem sequer ia verificar se era mesmo verdade, apenas ia ignorar.

Pousou as tulipas cuidadosamente na sua mesinha de cabeceira, olhando-as docemente.

_Desculpa Yuka, mas tu disseste que não querias nada do Zero, e as flores…

_Elas não tem culpa de nada, também não as ia deixar á porta não era?

_Sim… Só ainda não percebi uma coisa, tu estás chateada com ele?

_É, olha esquece, vai mas é dormir que eu também vou.

Kimi calou-se cobrindo-se com o cobertor, mas Yuka nem sabia o que fazer deitada na sua cama agarrava com ímpeto a própria almofada. Olhando apaixonadamente as tulipas.

O tempo foi se passando, e com ele a esperança que Zero continuaria á sua espera, Kimi já dormia mas Yuka permanecia acordada, ouvia a porta a se abrir e com ela surgiu uma raiva em Yuka.

_Tu não sabes que aqui é o dormitório feminino? Kaname-kun.

_Seria perfeito se a Kimi tivesse um quarto só para ela, sem intrusos, mas como isso não é possível temos de nos aturar uns aos outros.

_Olha o único intruso aqui és tu! Nem são horas de vir ver Kimi ou quem quer que seja.

_Também não deviam de ser horas de Zero continuar á tua espera, mesmo assim continua e tu nem te dás ao descaramento de ir ter com ele.

_O que tu sabes? Zero já não deve estar a minha espera tenho a certeza.

_é uma pena deve estar prestes a chover e mesmo assim ele continua debaixo daquela árvore_ deu uma pausa fitando Yuka_ Devias ao menos ouvir o que ele tem para dizer. Afinal o amor perdoa tudo.

Yuka começou a afastar-se dele, mesmo que não gostasse do Kaname sabia que ele tinha razão e se Zero continuasse á sua espera durante a noite toda, saiu numa corrida, descalça ao encontro dele.

Kaname deu um sorriso estalando um beijo na testa de Kimi que continuava adormecida.

_Vê isso como um pequeno favor meu, Yuka…_ acariciou o rosto da sua menina tornando a repetir_ O amor perdoa tudo, espero que te lembres disso Kimi.