Capitulo 72 – Ser importuno – Fanficition – “The Dark Vampire”

Ainda tinha assuntos a tratar depois de ter falado com Zero e Yuka, aquela pirralha irritante tinha mesmo conseguindo o tirar do sério.

Entrou sem permissão na sala de Kaien Cross que agachado assava um peixinho no braseiro.

_ Yagari-kun  não parece muito de bom humor_ comentou o Diretor levantando-se lentamente.

_ Para de dizer besteiras! Ainda me pergunto se é mesmo o Diretor desta academia, aquela mulher tem se metido demasiado na minha vida, porque não faz nada?

_O que quer dizer com aquela mulher?_ O diretor perguntou, mesmo sabendo duque Yagari Touga falava.

_De que mulher eu estou a falar? Hein ainda tem a lata de perguntar isso? Ela não faz mais nada se não meter-se na minha vida.

_Yagari-kun não devia falar assim da enfermeira Kotori-san, ela ia ficar muito ofendida.

_E o que ela tem feito não é assédio? Ela andou a bisbilhotar o meu currículo  segundo ela “porque não tem pacientes todos os dias para tratar”, então porque não despede aquela incompetente.

_Eu não a posso despedir,  além disso  não posso considerar isso um assédio, isso é só amor, Yagari-kun devia amolecer um pouco e lhe dar uma oportunidade.

_Dar uma oportunidade aquele parasita, não brinque comigo vou-lhe mas é dar uma lição para nunca mais se aproximar de mim.

_Yagari-kun seja gentil com ela afinal  ainda é nova aqui.

Yagari Touga não ligou o comentário de Kaien, visto que este não o ajudaria a livrar-se daquela enfermeira que parecia ter um parafuso a menos.

Desde que o novo ano letivo iniciou um nova enfermeira entrou para aquela academia, não negava que era uma mulher bonita, mas nunca esperou que Kotori tivesse um súbito interesse por ele, não faltava um dia que o fosse ver e fazer um pouco de companhia, elogiando-o e sempre tentando descobrir algo mais sobre o professor de ética, que a cada dia que passava tinha menos paciência para ela, a gota de água foi quando ela andara a ler o seu currículo, ler todos os seus dados pessoais, mas mesmo fazendo queixa ao diretor parecia o ignorar.

Já era noite, chuviscava e estava bastante frio, o outono parecia ter vindo para ficar, Kimi em questão do frio estava na sua cama a ler um livro, contente por passar a tarde com Kaito, mas ainda sentia a falta de Kaname , Yuka também ainda não tinha voltado, estava sozinha isso tornava-se um pouco assustador, focou a sua atenção no livro tentando escapar de pensamentos menos bons.

Sentiu um beijo no rosto, desviou a sua atenção para ver que a tinha beijado deparando-se com aquele sorriso doce de Kaname , logo o abraçou, aquele dia não podia estar a ser melhor, agora junto da pessoa que amava cegamente.

_ É tão bom ter a tua companhia, nem que seja por pouco tempo, Kimi.

_Senti a tua falta, Kaname, queria ter passado a tarde contigo.

Kaname deu um beijo na boca da menina, mostrando o seu amor da forma mais carinhosa, mas sentiu  um olhar recair sobre eles os dois, separou seus lábios dos dela, olhando pela janela, um corvo negro os fitava, Kaname cerrou o olhar aquele animal trazia algo mais duque um simples olhar.

_Que foi Kaname?_ Perguntou Kimi, vendo o seu namorado fixo na paisagem da janela.

_Nada, não, meu amor, a chuva parou.

_É mesmo, o Kaito prometeu-me levar a uma pastelaria quando não chover, isso não é bom.

_Podes ir comigo sempre que quiseres, mesmo que chova, Kimi, então não precisas de ir com o Kaito.

_ Mas foi um promessa, ele passou a tarde comigo, eu não vou quebrar essa promessa.

_Faz como quiseres Kimi_ deu uma pausa com um leve ciúme_ Podias ter passado a tarde com Yuka ou com outra pessoa.

_Yuka e Zero faltaram ás aulas, eu não sei o que se passou com eles nunca mais os tornei a ver, eu não queria passar a tarde sozinha e eu gosto da companhia do Kaito eu não vejo nenhum problema nisso.

_Tens razão Kimi_ Desviou o seu olhar ainda vendo o corvo nos galhos da árvore_ Kimi, eu tenho uns assuntos a tratar, então desculpa-me não poder estar mais tempo contigo.

_Não tem problema, se prometeres voltar amanhã

Kaname abraçou forte Kimi dando-lhe um leve beijo na testa_ Claro que sim meu amor_ disse quase num sussurro abandonando a sua menina de cabelos loiros.

Ao sair do edifício parou junto da árvore, colidindo o seu olhar com o daquele corvo, não era engano seu estava a ser observado por um vampiro, não tinha a certeza de quem seria por detrás, mas tinha uma leve sensação que seria o mesmo vampiro que antes tinha aparecido da academia, ouviu um disparo e aquele corvo desfez-se em pequenas partículas, olhou em volta e viu Yagari Touga com a sua arma na mão.

_Kuran Kaname, só podia, também deve ter notado a presença deste corvo.

_Notei, mas não sei de onde vem._ Ignorou Yagari Touga não tinha que se argumentar junto dele.

_Zero não está envolvido nisto?

_Eu não sei_ deu um jeito no seu cabelo e continuou o seu caminho.

Yagari fez o mesmo desconfiando pesarosamente que algo de ruim estava a passar-se naquela academia, levava o um cigarro no canto da  boca, e voltou para o seu quarto que ficava nos fundos da academia, era um quarto espaçoso com um banheiro privado, mas com pouco luz, abriu a porta e deparou-se com Kotori, sentada na sua secretário.

_Yagari-san não devia fumar tanto, o tabaco faz mal_ e dito isso retirou-lhe o cigarro da boca, apagando-o no cinzeiro.

_Não devias estar aqui.

_Porque não? Eu estava á tua espera para jantar e acabei dando um jeito nas tuas coisas estava tudo uma bagunça.

_Sua… vai embora eu não quero jantar contigo!

_Porque? Hein eu queria a tua companhia, vá lá, também tens de te alimentar.

A paciência de Yagari esgotava-se , agarrou pelo pulso daquela mulher jogando-a na sua cama, seu corpo em cima do dela ,sentia a respiração rápida de Kotori, deslizou a sua mão pela cintura dela.

_Não te preocupes deixar-te-ei sem vergonha.

_Yagari-san não, não era isso que eu estava a falar, primeiro devíamos ter um relacionamento sério.

Yagari, soltou uma gargalha, afastando-se dela.

_Mas tu achas mesmo que eu queria alguma coisa de ti? Vai embora e não me importunes.

Kotori acabou por sair numa corrida, limpando um pequeno vestígio de lágrimas em seu olhos, Yagari por sua vez sentia-se aliviado por se ter livrado dela, porém se ela tivesse retribuído teria ido mais longe com aquela mulher. 

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