Capitulo 80 – É impossível pensar sem sentir – Fanficition – “The Dark Vampire”

Não queria que Yuka entende-se com se sentia mal, seu passo era apressado e só parou  na sala de aula, nem bem raciocinava, sua respiração era rápida, olhava os outros alunos que falavam entre si e mais vagarosamente sentou-se no seu lugar, Kaito chegou pouco tempo depois, sentando-se junto a ela, Kimi desviou o seu olhar para o lado oposto a Kaito tinha receio de também ele lhe perguntar com é que ela estava.

Kaito queria-lhe perguntar alguma coisa, mas e se ela lhe perguntava se esteve com Kaname? Era incapaz de mentir á menina e não lhe queria dizer que tinha ameaçado o se namorado, seus pensamentos prolongaram-se sem perceber que mais uma vez Yagari-sensei estava atrasado.

Durante aquela manhã, Yagari foi tomar o seu cafezinho ao bar da academia do pessoal docente e não-docente, por coincidência encontrou Kotori que também tomava um café, tinha uma mau aspeto, ar de que não tinha dormido, pegou o seu café e sentou-se junto dela.

_O que queres agora?_ Interrogou na defensiva olhando de soslaio para Yagari.

_Acordas-te com os pés de fora ou quê? Eu nem sequer tinha dito nada.

_Acho que foi isso,  foi de não conseguir dormir isso sim.

_Espero que essa falta de sono não tenha sido minha causa.

_Claro que não! Foi, foi uma insónia apenas isso_ e olhou Yagari, desconfiada que ele estivesse a rir da cara dela_ Tu ontem estavas a falar sério?

_Então era isso…. Achas mesmo que ia mentir, o que ia ganhar com isso? Eu senti falta de ires ao meu quarto importunar. Eu gosto de ti.

_Se isso é verdade prova_ Kotori parecia mais fria.

_O que queres que faça ?_ Começava a ficar assustado com o que poderia vir dela mas não ia desistir agora.

_Simples_ deu-lhe um sorrisinho matreiro_ Casa comigo.

_Casar! Tu bates mal, Casar! Eu não tenho planos em casar!

_Essa é a única condição, se queres provar que gostas de mim casa comigo_ sorriu e levantou-se da mesa deu uma leve palmada no ombro dele_ deixo-te pensar, mas não penses demais.

Yagari ficou sentado ainda digerindo a ideia de um casamento, tinha surgido como uma bomba na sua cabeça, como era difícil de a entender, pensava que declarar-se a ela seria o suficiente, mas a verdade é que tinha dado razões para ela desconfiar dele, o que faria? Um casamento era algo que nunca tinha pensado ou planeado, apesar dos seus trinta e três anos, não sabia mesmo o que fazer.

Acabou por não beber o café e saiu olhando o relógio de parede, estava atrasado novamente, era complicado essa vida de professor e cumprir horários.

Durante a aula as suas explicações por vezes deixavam de ter nexo, porém seus alunos também pareciam distantes naquele dia.

Kimi devia ser quem estava mais distante de prestar atenção durante a aula, colocava suas mão sobre o ventre tentando controlar as dores,  suava e tinha a garganta seca, mas não era água que necessitava era algo que não sabia o que era, sentia que não aguentava por muito mais tempo aquela situação, levantou sua mão e Yagari Touga prestou atenção ao que a sua aluna tinha para lhe dizer.

_Sensei, será que posso sair um pouco da sala?_ Sua face pálida nem a Yagari enganava, sua mão estava tremule no ar perdendo lentamente a força.

_Vai lá_ Disse com pouco caso.

A menina levantou-se mas sem forças acabou por cair no chão perdendo os sentidos, Kaito tentou socorrer , pegou em Kimi que não reagia.

_Yagari-sensei vou levar Kimi á enfermaria!

_Tudo bem_ aquela aula já não ia bem desde o inicio nem valia a pena preocupar-se mais com o decorrer da aula.

Kaito saiu com a garotinha no colo, olhava-a e sentia-se culpado por não estar atento a todas ás necessidade de Kimi, amava-a e mesmo assim se sentia um incapaz.

Entrou na enfermaria com a menina e Kotori assistiu logo, pediu que Kaito contasse-lhe todos os sintomas que ele sabia que Kimi tinha, não sabia muito apenas lhe disse da febre, no fim Kotori mandou que ele retornasse para as aulas, foi contra sua vontade.

Avaliou o estado da menina verificando os trinta e nove graus de febre, não demorou muito que Kimi acordasse, tinha ido parar a enfermaria da pior maneira, não era com se estivesse a cumprir a promessa de Kaname, porque pensar em Kaname nessa hora?

A enfermeira  questionou-a sobre os seus sintomas, fez-lhe analises e deixou-a a soro ia passar o resto do dia e a noite em observações, se o seu estado piorasse iria ser transferida para um hospital.

Kotori estava a ter um dia preenchido não entendia qual era a causa, a doença que Kimi poderia ter, talvez fosse uma enfermeira inútil mesmo assim daria o seu melhor para saber o que se passava com aquela garotinha, tinha o resultado das analises ao sangue, existia uma alterações que ela não conhecia, que raio seria aquilo?

Não iria passa-la para um hospital a menos que fosse uma urgência, iria descobrir o problema, e resolve-lo mesmo sendo apenas uma enfermeira.

Yuka sentiu-se na obrigação de avisar Kaname que Kimi estava internada na enfermaria, quando Kaname soube deixou o que estava a fazer para ver Kimi tinha mesmo de a ver, não esperava era de encontrar Kaito junto á porta.

_Onde vais, ninguém pode entrar.

_Eu sou o namorado dela, tenho o direito de a visitar_ e ignorou Kaito por completo.

_Eu disse que não queria ninguém aqui._ Avisou Kotori ainda olhando o resultado das analises.

_Por favor deixe-o entrar.

Acabou por consistir, Kaname esteve pouco tempo apenas consolando a sua menina, que agora se sentia melhor com uma medicação que lhe tirava as dores, sentia-se tão bem junto dele, queria que ele tivesse ficado mais um pouco, mas compreendia a situação, apenas não sabia que aquela visita estava a ser curta para esconder que eram namorados.

Kotori aproveitou a saída de Kaname para fazer mais umas perguntas a Kimi.

_Kimi-san aquele rapaz é teu amigo…. Namorado? Alguma coisa?

_Ele é meu namorado.

_Kimi, vou precisar de fazer uns novos testes.

Podia parecer absurdo mas de alguma forma Kotori achava que aquele namoro podia estar relaciona com aqueles sintomas estranhos de Kimi, qualquer  hunter sabia que um humano e um vampiro juntos nunca daria certo, mas a razão porque se dizia isso não se sabia, porém Kotori estava próxima de chegar a uma conclusão bastante racional.