Capitulo 94 – Encontro ao passado – Fanficiton – “The Dark Vampire”

Yuka de alguma forma sentia falta de Kimi, o quarto era tão triste sem  a sua presença, já sabia da sua nova condição de vampira e interrogava-se se aquela menina  estaria bem, gostava de a poder ver, olhava desanimada para o outro lado do quarto, o lado que pertencia a Kimi agora vazio, os objetos pessoais da sua colega já não estavam lá, logo pela manhã  dois alunos da night class tinha ido buscar os pertences de Kimi, Yuka ainda tentou saber algo mais mas ele nada lhe souberam dizer.

Aquele estranho caso estava a ser abafado por algum motivo desconhecido….

Entediada saiu do quarto procurando por Zero, o mais certo era ele estar no seu quarto, lá o encontrou sentado no chão, lendo uma revista ao algo do género, Yuka curiosa quis espreitar o que ele fazia, mas sentindo a presença dela próximo a ele levantou-se rapidamente enfiando a revista numa gaveta de mesinha de cabeceira.

_Puxa… não sabes bater á porta?

_Eu sempre entro sem bater á porta_ dizia com naturalidade ainda tentando aproximar-se da gaveta, mas Zero impedia_ Ora que tens nessa gaveta? Estavas tão entretido ai…

_Não era nada não…. Coisas minhas_ A sua desculpa farrapada não era suficientemente convincente para Yuka.

_Não sabia que tinhas segredos comigo…

_E não tenho! Só não posso contar agora, entendes?

_Não, não entendo, mostra lá o que era isso.

_Logo vês_ pegou na mão dela_ Que tal comer qualquer coisinha? Hoje preparo o almoço, então podes escolher o que quiseres.

Nitidamente Zero estava a fugir á conversa, ele mesmo sabia, mas queria guardar para ele por mais algum tempo as suas ideias que tinha tido para o presente de natal que queria oferecer a Yuka, algo que realmente fosse especial, parecia um pateta, um pateta que pelo menos era feliz apaixonado.

Quando chegou a cozinha, encontrou o Diretor a terminar de fazer o almoço, que tinha feito com tanto carinho para quatro pessoas, ia estar ali um convidado especial, que para Kaien Cross era mais que motivo para festejar, não quis revelar quem era até á sua chegada.

Zero ficou surpreendido assim que o Diretor abriu a porta, Yuuki entrou com um sorriso amável, trocando breves olhares com Zero, Yuka apenas assistia agarrando fortemente a mão dele, apertando cada vez mais até que Zero desviou a sua atenção para a sua namorada.

_Oi... Zero_ saludou Yuuki aproximando-se dos dois_ Pareces bem …

_ Eu estou bem mesmo, tenho a Yuka sempre ao meu lado_Estava a ser provocativo para com Yuuki, mas queria-lhe mostrar que mesmo sem ela conseguia continuar a sua vida feliz.

_ É mesmo…. Parecem um casal feliz_ A sua voz não era de felicidade mas sim de um ligeiro ciúme, o mesmo que repartia com Yuka.

_É nós estamos muito feliz, não podíamos estar melhor_ intrometeu-se Yuka  que via Yuuki como uma rival.

_Yuka, porque não vamos por a mesa?_ Zero interrogou quase numa ordem, puxando por ela pela braço._  que te deu? Ela não te fez mal nenhum para falares com ela daquela maneira_ dizia segredando entregando-lhe os pratos .

_Eu não gosto dela, parecia que te queria comer com os olhos.

_Ok…. Entendi tudo_ se não entedia, Yuka sem duvida que tinha um ciúme medonho por Yuuki, algo que nem ele podia se intrometer,  no fundo só tinha que ter um pouco de paciência pois  gostava de ver Yuka enciumada ,não era que ela até ficava sexy? E via isso como uma prova de amor.

Almoçaram junto com o Diretor que estava bastante animado por ter conseguido reunir todos, Yuuki sentia como se tivesse voltado ao passado, mas era um pouco diferente agora Zero tinha uma namorada e era notável a cumplicidade que existia entre eles, sentia-se a mais quanto nunca se sentia assim quando estava com Zero, sentia inveja de Yuka que podia estar o tempo que quisesse com Zero, sentia falta desse tempo, sentia falta das conversas que tinha com ele, e até mesmo de tentar fingir que não sabia do amor que ele tinha por ela, será que Zero ainda gostava um pouquinho dela? Agora  sentia que Yuka tinha lhe retirado todo o pouco que existia entre ela e ele.

Sentia-se mal a almoçar com eles, não era uma família como o Diretor queria que fosse, mas sim um bando de desconhecidos que só interagiam com quem conheciam, era assim que Yuuki pensava, não queria estar mais ali, levantou com a ideia fixa de sair.

_Yuuki, onde vais? Ainda temos a sobremesa!

_Ahah…_ tentou disfarçar sorrindo_ Eu…. Eu ia ajudar o Diretor a buscar a sobremesa.

Era óbvio que Yuuki lhe estava a mentir, mas o Diretor não quis perguntar-lhe nada, sabia que a sua filha adotiva nada lhe contaria, mesmo antes de se ter tornado uma vampira já era normal ela ter os seus segredos, então agora ainda teria mais, não queria que ela arrecadasse com tantas preocupações sozinha, queria ser um pai de verdade para ela. Mas nunca soube como ser realmente, comeram o bolo de chocolate confecionado por Kaien Cross, e no fim pediu a Yuuki para o ajudar a arrumar a cozinha, deixando Zero e Yuka livres.

Os dois saíram e sentaram-se na soleira da porta, Zero aconchegou-se mais perto de Yuka, envolvendo o braço á volta da cintura dela.

_Ainda continuas a achar que a Yuuki queria-me comer com o os olhos?

_Continuo…. Os Kurans são todos iguais.  Acho que ela tem um interesse por ti.

_Impossível, ela nunca gostou de mim dessa maneira, eu sim fui um estupido por andar atrás dela esse tempo todo.

_Zero…. Tu gostavas dela? Ainda gostas?

_Eu não gosto mais dela, quando eu soube que ela era uma vampira, eu não quis saber mais dela, eu prometi a mim mesmo que não iria-me tornar a apaixonar por ninguém, mas estava errado, acho que foi quando te conheci que entendi que o que sentia por ela não era bem amor, mas isso não interessa ela sempre teve olhos para o Kuran-sempai .

_Pelo Kaname? Mas eles são irmãos.

_ Bem ela não sabia que eram irmãos, depois disso ela desistiu dele.

_Coitada…. Deve ter sido difícil.

Mentiu, mas tinha acordado com Kaname que não contaria até descobrirem quem era aquele vampiro, e saber quais as intenções dele, apenas mentia pelo bem de Yuka, se quebrasse o acordo sabia que seria difícil enfrentar um vampiro que parecia muito forte.

Deu um beijo em Yuka como se tivesse a pedir perdão mesmo antes de confessar o seu pequeno pecado, acenando que sim com a cabeça.

Não queria pensar mais em coisas desagradáveis naquele domingo.