Capitulo 95 – Não existe nada perfeito sem uma imperfeição – Fanficiton – “The Dark Vampire

11 de dezembro- segunda feira.

Sentia-se como um bebé aconchegado  em seu berço, tinha dormindo maravilhosamente nem tendo noção duque tinha feito na noite passada.

Acordou meia desnorteada sentindo um ligeiro peso ,do corpo de Yagari sobre ela, pois seu sono espalhou-se recordando-se de todos os pormenores da naquela noite, nunca deveria ter cedido aos encantos daquele homem, afastou bruscamente para o outro lado da cama, fazendo com que ele acordasse, estava tudo errado.

_Fogo que te deu? Acordaste-me!_ Protestou achando-se senhor da razão, nem notando que Kotori estava á beira de chorar.

_Desculpa essa não era a minha intenção, o melhor é eu ir embora para não te atrapalhar mais.

_Que se passa?_ agarrou pelo braço dela, não deixando que ela se levantasse da cama_ Pensei que estivesses feliz por estar-mos juntos, eu fiz algo de errado?_ Ficava com algumas incertas á cerca de estar a ser um bom namorado.

_Tu viste não viste? A minha cicatriz…._ confrontou o seu olhar com o dele_ Não vais querer casar comigo pois não? Porque …. Porque uma mulher perfeita deve estar livre de cicatrizes e eu tenho uma!

Era verdade Yagari tinha visto a enorme cicatriz que existia nas costas de Kotori, apesar de querer saber como ela tinha ficado assim, tinha tentado ignorar, pois também não gostava de falar das histórias das suas cicatrizes.

Apenas não pensou que Kotori estava a tentar esconder-lhe as suas marcas, agora fazia sentido porque ela não queria muitas intimidades com ele, não que ela estivesse errada, mas ele melhor que ninguém sabia o que era ter uma cicatriz, e não ia deixar de gostar dela só por causa disso, essas estupidezes das mulheres serem um ideal de perfeição como *Yamato Nadeshiko não diziam nada a Yagari.

_ E tu achas que eu ligo pra isso?

_Hã…._ Kotori subitamente ficou perplexa com o que ele lhe perguntava.

_ Olha bem para mim!_ Agarrava ainda com mais força o braço dela_ Eu perdi um olho! Eu sei o que é ter cicatrizes para o resto da vida, e não é por isso que uma pessoa deixa de ser quem é, Kotori eu vou-me casar contigo, devias-me conhecer melhor.

Abraçou a sua noiva, ainda que desajeitadamente, mas carinhosamente, apenas a queria ver sorrir, mesmo que lhe azucrinasse o juízo, era assim que gostava dela.

_Diz-me como fizeste isso.

_Isto foi na minha primeira caçada, em vez de caçar o vampiro foi ele que me caçou, eu tinha ainda 15 anos mas achei que era capaz, essa foi a gota de água para os meus pais desistirem da ideia de eu ser uma hunter.

_Eles não queria que te tornasses uma hunter?

_Não, segundo eles não queriam que eu corresse riscos, e se eu não fosse uma hunter eles ficavam mais sossegados.

_Entendo…. Então foi por isso que nunca te encontrei na associação,  apesar de seres filha de hunters não seguiste a carreira de família, foi melhor assim.

_Melhor para quem? Para mim não.

_Estás errada foi mesmo melhor para ti, porque assim não tem que arrecadar com esta maldição, assim tens uma vida normal, longe de teres outras cicatrizes.

_Eu não acho isso correto, porque mesmo não matando vampiros eu continuo com a maldição no sangue, Yagari-san eu quero que os nossos filhos sejam hunters como tu.

_Outra vez essa história…_cochou a cabeça, Kotori não desistia mesmo_ Logo vemos isso.

_Tu… tu não estás a pensar em não termos nenhum filho pois não?

_Claro que não amor…._ dizia com um sorriso falso_ sabes porque? Consegues sempre o que queres.

_Pois é!_ Dizia mais anima e era assim que Yagari queria-a a ver.

_Só não conseguiste uma coisa, minha querida.

_O quê?_ Puxava a mão de Yagari que ia acendendo o cigarro com o isqueiro.

_A aposta, é verdade eu ganhei!

_A aposta? Mas tu, tu dizes-te para esquecer, que era uma parvoíce.

_Eu? Eu não me lembro de ter dito nada_ dizia fingido, mas com um sorriso sacana_ estás a ser uma má perdedora, isso é feio, mesmo muito feio.

_Feio é mentir como fizeste!

_Não se mede aos meios para atingir os fins, nunca ouviste dizer? Além disso eu só pedi para cumprires os meus caprichos por um dia, não é mau de todo.

_Claro que não! Apenas foi mau persuadir-me a fazer amor contigo só para ganhares uma miserável aposta, podia ser por outro motivo, agora uma aposta.

_Mas não foi só por causa da aposta, isso foi só uma desculpa_ trocou um sorriso discreto _Eu queria mesmo isso_ Era sincero no que dizia e Kotori podia perceber isso.

Trocou um beijinho doce com ele sorrindo-lhe timidamente.

_Sabes que um homem depois de entrar nos 30 fica um pouco desesperado quando não tem uma mulher_ dizia sarcástico.

_ Claro, claro quando chegas-te aos 30 começaste-te a achar-te um  velho e a pensar que ias ficar solteirão que passaria a sua velhice com um gato no colo  a fazer tricô.

_É capaz de ter sido isso, mas mais a pensar na minha esposa a fazer meias em tricô não eu_ não estava á espera que ela lhe desse uma resposta á altura o melhor mesmo era mudar de assunto_ Antes que me esqueça como perdes-te a aposta quero que sejas a minha empregada pessoal.

_Empregada pessoal!? Estás a gozar com a minha cara.

_Não, tu já ficas sexy de enfermeira então de empregada deves ficar muito mais e o melhor é seres só minha.

_Então serei tua empregada, tudo bem, mas só hoje_ selou o acordou com um beijo.

Agora que Yagari sabia da sua cicatriz, mesmo que para ele não tivesse significado, teria mais cuidado na maneira de agir junto dele, não queria-o perder.

Só ainda não entendia que para ele estava tudo bem da maneira que as coisas estavam.

*Yamato Nadeshiko (大和撫子^?) é como os japoneses se referem a uma mulher com atributos que são considerados tradicionalmente desejáveis na perspectiva dos homens da sociedade; geralmente atribuído a pessoas com educação tradicional. É um assunto vasto, mas com uma complicada estética japonesa