Capitulo 133 – Um ato que pode ser mal interpretado – Fanfiction – “The Dark Vampire”

Olhava os dois homens incerta na resposta que haveria de dar, se fosse com o seu pai para Inglaterra sabia que teria de conviver com a sua mãe e talvez as suas hipóteses de voltar a ver Kaito desaparecessem por completo, mas se ficasse não tinha a certeza se Kaname lhe faria a vida fácil, ele se tinha mostrado uma pessoa diferente desde que revelou que a tinha traído.

Seu querido Kaname poderia fazer-lhe a vida no inferno mesmo assim era a ele que amava e ainda assim tinha esperança que ele pudesse voltar a ser a pessoa que era.

_ Não sei se devia ir para Inglaterra…_ falou baixinho insegura de si mesmo, enquanto Kaname mostrava-se surpreendido achando que ela o estaria a provocar_ Mas eu quero continuar os meus estudos na Academia Cross, eu fui transferida para a Night Class isso vai deixar a mãe feliz, certo pai?

_Filha… pensa bem, não importa se a tua mãe vai ficar feliz ou não, agora o mais importante é o teu bem estar… Não achas que ficarias melhor junto da tua família?

Kimi olhou Kaname, e nos seus olhos via uma total negação, e mesmo o próprio Kaname não deixaria a menina escapar tão facilmente.

_Uma família que nunca tem tempo para mim? Deixa pai… Kaname consegue dar-me mais atenção que a mãe ou o pai.

_Isso não é verdade Kimi, nós sempre te demos o que querias, nós esforcemo-nos para sermos uns bons pais.

_O Pai pode se ter esforçado, mas a mãe não_ fez um breve pausa olhando Kaname_ A minha decisão está tomada eu vou ficar com o Kaname.

_ Se é assim que queres não vou discutir mais… mas se mudares de ideias tens sempre o teu pai para te acolher_ deu um sorriso gentil e virou-se para Kaname_ Kaname-kun deixarei a minha filha aos teu cuidados, contudo eu quero conhecer esse médico que falas-te.

_ótimo irei telefonar para ele a avisar que o visitaremos.

_Mas Pai! Eu não estou doente, eu… eu estou bem juro!

_Oh minha filha… tu não percebes mas tens de ser tratada,  é tudo para o teu bem querida_ fez uma feição no rosto da menina que ficou em silêncio.

Entretanto Kaname telefonou a Takashiro, explicou-lhe a situação e pediu-lhe uma ajuda que lhe sairia cara, talvez.

Foi ao encontro da pequena e seu pai com um sorriso discreto, contudo bom de mais para conseguir disfarçar, avisou que Giou Takashiro estaria á espera deles na sua residência, era a primeira de muitas vezes que Kaname entraria na casa do seu futuro aliado.

Para Kimi tudo aquilo ainda era confuso, não entendia porque Kaname queria passar a ideia de estar fragilizada a ponto de a levar a um médico, tudo isso parecia não fazer sentido e no fim sentia-se arrependida por não ter sido capaz de rejeitar Kaname.

Mas ficou mais surpresa ao entrar na casa do médico e perceber que era aquele senhor com quem se tinha encontrado no jardim onde se tinha realizado o baile, não sabia o seu nome nem se lembrava o que tinha acontecido depois de ter estado com ele.

_Encontramo-nos de novo pequena princesa_ saudou com gentileza Gihou Takashiro.

_Eu recordo-me do senhor_ Apertou a mão de Kaname corando levemente_ Obrigado pelo lenço.

_Simplesmente não gosto de ver meninas bonitas a chorar_ Não se desfazendo do seu sorriso gentil_ Mas o que trouxe afinal este dois senhores e a menina á minha casa?_ fingiu não saber nada.

_Era mesmo Takashiro – sama, mas já deve ter uma pequena noção duque se trata, este senhor é o pai da Kimi.

_Estou a entender tudo_ interrompeu  Kaname ajeitando os  óculos_  O meu nome é Giou Takashiro, sou médico e eu tinha total interesse de tratar do caso dessa menina, mas pelos visto a decisão não passa apenas pelas mão de Kaname.

_Claro que não… eu é quem sou o pai de Kimi, eu é que sei o que é melhor para ela ou não!

_Que tal se fossemos até ao jardim ?_ Propôs cautelosamente .

Kaname deixou o pai de Kimi e  Takashiro falarem sossegadamente caminhando pelos jardins da sua luxuosa casa, enquanto ele ficou acompanhando Kimi sentado num banco de jardim apanhando alguns raios de sol de inverno.

Takashiro convenceu bem o pai de Kimi com os seus  conhecimentos, falando que um acompanhamento psicológico e talvez um antidepressivo pudessem melhor o comportamento da menina, fazendo com que ele aceitasse os termos.

Mas enquanto falavam Kaname abraçava carinhosamente a menina dando-lhe um pequeno beijo, porém Kimi estava bastante inquieta.

_Kaname… eu não entendo porque foste contar ao meu pai que estive grávida, e… e eu nem fiquei doente por causa disso tu sabes perfeitamente.

_Eu sei Kimi, mas bem que gostavas de tentar engravidar novamente, tu mesma o disseste.

_Mas tu não quiseste saber … tu não queres ter um filho comigo pois não?

_Não está dentro dos meus planos…e para te ser sincero fiquei aliviado por teres perdido aquela criança, só nos traria complicações para o futuro.

Kimi ficou chocada com a sinceridade de Kaname, não aguentando o ódio que tinha por ele, enquanto ele mantinha um sorriso disfarçado, num impulso deu-lhe um estado que lhe sairia caro, seu pai e Takashiro assistiam ao acontecimento…